ABSTRACT
Este trabalho objetivou realizar uma avaliação acerca da opinião dos cirurgiões-dentistas (CDs) da rede pública de Natal - RN quanto ao diagnóstico e tratamento das supefícies oclusais, bem como comparar os resultados encontrados através da medição da microdureza do esmalte. Vinte dentes extraídos (molares permanentes e pré-molares) foram examinados por 48 dentistas. Os dentes apresentavam-se clinicamente sem cavitação, restauração ou selante, e estavam hígidos ou com cárie incipiente. Os exames foram realizados através do exame clínico simulado (utilizando somente o espelho bucal), auxiliado pelo refletor. A medição da microdureza do esmalte foi realizada por meio de um microdurômetro. O teste Q de Cochran indicou, com 1 por cento de siginificância, que as opiniões dos profissionais divergem em relação ao diagnóstico e tratamento indicados aos dentes. O coeficiente de kappa indicou que não existe uma boa concordância entre o diagnóstico dos CDs e o diagnóstico dado pela análise de microdureza. A presença de características clínicas de pigmentação clara ou escura nem sempre condiz com a presença de desmineralização e, conseqüentemente, nem sempre constituem indicadores válidos de uma abordagem cirúrgico-restauradora. Dentre a maioria dos cirurgiões-dentistas, verificou-se um predomínio da filosofia de tratamento restaurador, principalmente entre os que não haviam freqüentado cursos de atualização nos últimos anos